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Egresso do câmpus Suzano conquista medalhas em duas olimpíadas

Publicado: Segunda, 28 de Junho de 2021, 10h32 | Acessos: 1262

 luccas marchettiLuccas Marchetti Rodrigues do Nascimento se formou este semestre no curso Técnico Integrado em Automação industrial e não pára com suas conquistas. O estudante egresso do câmpus Suzano acaba de receber as medalhas de ouro por sua participação na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC 2020), medalha de bronze (ONC 2019), além de uma medalha de prata conquistada na Olimpíada de Matemática das Instituições Federais (OMIF 2020). O estudante também foi aprovado nos vestibulares de Engenharia Aeronáutica, na USP  e Engenharia de Controle e Automação , na UNIFEI.

Confira abaixo a entrevista com Luccas Marchetti:

Esta é a primeira vez que você participa?

Luccas Marchetti: Para a OMIF sim, mas a ONC foi a segunda vez (a medalha de bronze que peguei foi da primeira participação, em 2019, a de ouro foi da segunda, 2020). Porém, a primeira vez que participei de uma olimpíada de conhecimento (olimpíadas no geral) foi no 7° ano.

 

Você conquistou quais premiações desde que entrou no IFSP?

Luccas Marchetti: Quando entrei no IF, no primeiro ano, consegui medalha de bronze na OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia) e na OBR (Olimpíada Brasileira de Robótica). No segundo ano, conquistei uma medalha de bronze na ONC (Olimpíada Nacional de Ciências) e 3 medalhas de ouro: na OBA, OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) e MSF (Matemática Sem Fronteiras, uma olimpíada diferente em que uma sala inteira se junta para fazer uma prova só). Também recebi um certificado de mérito estadual da OBR, mas não consegui medalha. No 3° ano consegui 2 medalhas de ouro: uma da OBA e outra da ONC; uma de prata da OMIF (Olimpíada de Matemática das Instituições Federais) e uma medalha de menção honrosa da olimpíada Canguru da Matemática.

 

Como se interessou em participar de Olimpíadas?

Luccas Marchetti: Num certo dia entrei na sala de aula e estava tendo uma prova de matemática diferente. Comecei a fazer a prova e percebi que ela era bem interessante e estimulava a entender melhor como as coisas funcionavam. Depois de passar para a 2° fase e conseguir minha primeira medalha, vi que as olimpíadas abriam muitas oportunidades, como oferecimento de bolsa de estudos, iniciação científica, conhecer outras pessoas com os mesmos gostos e admiração pelas áreas da ciência, oportunidades de comparecer em eventos incríveis (como uma aula com um professor de PhD que expôs de forma simples, mas totalmente inteligível, uma das suas pesquisas). E ainda, de participar de olimpíadas de nível nacional, que só apareceram pelo desempenho em outras olimpíadas, reconhecimento em outras instituições, como colégios e cursos preparatórios (ETAPA) e outras instituições de ensino que me procuravam para oferecer cursos com desconto. Além do desenvolvimento pessoal e acadêmico e de todo o peso que isso traz no currículo futuramente, juntamente com a vivência e parceria com meus colegas de olimpíadas em diferentes competições e desafios, e a experiência de diversos tipos de prova e formas de pensar em questões-problema e suas soluções.

Fale um pouco da sua experiência nas provas.

Luccas Marchetti: A experiência das olimpíadas é muito interessante. Você pode por à prova seu próprio conhecimento e vivenciar experiências que usem do seu raciocínio sem o compromisso e o peso que uma prova do colégio carrega. Além disso, as olimpíadas abordam os temas científicos de maneiras diferentes e mais didáticas - muitas vezes, demonstrando pesquisas e aplicações inéditas - e mostram que muitas áreas do conhecimento são interessantes, despertando o interesse dos alunos em aprender mais sobre os assuntos e se aprofundar na ciência. As olimpíadas também são responsáveis por demonstrar jovens talentos em algumas áreas, pois a maioria considera não somente os resultados para a avaliação, mas o raciocínio empregado. Tal raciocínio costuma ser estimulado e desenvolvido pelas próprias instituições que aplicam as olimpíadas, como a OBMEP, que fornece o PIC Jr. (Programa de Iniciação Científica Júnior) para todos os medalhistas, que é como um curso que estimula o raciocínio lógico aplicado à matemática.

Você contou com a orientação de professores do câmpus Suzano?

Luccas Marchetti: Sim, principalmente os professores de física, matemática, biologia e programação. Sempre que havia alguma olimpíada sobre essas áreas do conhecimento, eles divulgavam para a sala e buscavam os interessados, de forma que chegaram até a ajudar em nossa preparação para as provas.

No que consistem as provas que você realizou?

Luccas Marchetti: As olimpíadas geralmente são provas que abordam o conteúdo das áreas mostrando a sua aplicação, trazendo sentido e contextualizando o aprendizado. Nem sempre as olimpíadas exigem muito rigor, pelo contrário. Algo que é muito observado nessas provas é a capacidade do aluno em formar um raciocínio para alcançar o resultado. Mesmo que a resposta final esteja errada ou nem se consiga chegar em uma, o processo de analisar o contexto e posicionar os dados apresentados é muito considerado nas correções. Além disso, a forma como o conteúdo é passado é cativante e estimula o aluno a buscar cada vez mais conhecimento.

Outros colegas participaram também?

Luccas Marchetti: Tem muitas pessoas que participaram de diversas olimpíadas junto comigo, e é difícil citar cada uma delas, mas alguns dos que participaram comigo com certa frequência são: Gustavo Sanches, Pedro Murilo, Pedro Eduardo, Vitor Silva, Nina Sayuri, Gabriela Caldeira, Guilherme Fortunato e Derek Vieira.

Que premiação você recebeu?

Luccas Marchetti:  A maioria das premiações são medalhas e certificados, mas também participamos dos eventos de premiação, que costumam ser incríveis, além de também haverem casos de ganharmos cursos, como na OBMEP e na OBR.

O que você diria para incentivar outros estudantes a participarem?

Luccas Marchetti: Muitas pessoas não participam de olimpíadas do conhecimento por acharem que ciência, física e matemática não são as áreas delas e que seu desempenho nas provas será ruim. Porém, a abordagem das olimpíadas costuma ser totalmente diferente, mostrando o quão interessante esses conteúdos são e facilitando seu aprendizado, proporcionando também uma forma diferente de ver a matéria e despertando potenciais talentos que o dia-a-dia corriqueiro das escolas e colégios não é capaz de revelar. Além disso, a participação em olimpíadas abre inúmeras oportunidades na vida do estudante, seja por poder concorrer a vagas nas universidades somente apresentando as medalhas que conquistou ou pelo desenvolvimento intelectual proporcionado ao aluno, que é muito visado no mercado de trabalho atualmente.

 

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